sábado, 28 de fevereiro de 2009

A Rosa. Rosa.


E tu? Também se engana pelo meu sorriso de flor aparente?
O sorriso da rosa está sendo descoberto. Te agrada? Te sustenta. Te ostenta. Te contenta com isso?
Eles precisam saber. Ver o que você vê, sentir o que você sente, e juntos tentar compreender o que você também não compreende.
As pessoas se aborrecem. Não se aborreça você também com o aborrecimento alheio.
É tudo tão vago. Superficial demais. Simples demais.
Não perca seu tempo, nem com eles. Não valem a pena, nem a galinha.
Deixe cair e cairá como uma luva. Você vai entender mesmo que não aceite. Ninguém nunca disse que não seria assim. Está sendo fácil? Nem pra mim.
O olho da escada gira em furacão.
Estamos no meio.
É assustador? Parece? Não é nem metade. Assuste-se. Me.
Aquele mar de estrela sem céu. Flutua. Propaga-se no ativo. Aquele céu de mar. Eleva-se. Mistura-se.
Comungamos estrelas de hóstia, estrelas hostis.
Ah! Não me iluda! Não diga que posso mudar quando eu mesma quero e mereço o castigo. Me sinto temporariamente bem com meu comodismo. Ele me acalenta e acalma. Você é turbilhão. Iremos pelo começo. Acalma-te que nada é pra já. O que você chama de comodismo eu chamo de paciência, chamo de tempo. Tenho uma contagem própria, ininteligível. Meu tempo embora corrido é largo, vazante. Evasivo, de ti.
Eu vou soltar e você não precisa me segurar. Você sabe que eu te chamo. Alguma vez não o fiz? Não precisamos agradar a todos. A rosa está aí pra isso. Guardar segredos. Está segredada a nós. Pra isso. Não mais que isso.
Tens pressa? De mim. Eu sinto, eu vejo. Demonstra-me.
Tenho pressa? De mim. Eu quero, eu vou. Espero-me.
Não. Não diga o que é dito sem palavras. Poupe a nossa retórica. Saliva. Nossas cantigas são de amigo. Comigo. Contigo. Conosco. Umbigo.
O que? Desistir? Correr? Corra. Desista. De mim. Corra. Pra mim. Uma carta. Frente-verso. Lida.
Mais? Dou. Grita!
Agora? Já!
Quando? Aqui!
Vermelho? Sim! A Rosa era. Rosa. Não te lembra? A mim sim. A Rosa. Rosa. Segredada. Sagrada. Sacramentada.

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