sábado, 28 de fevereiro de 2009

rosa e desejo


Estou num quase desespero de uma quase certeza de perceber que a única coisa que me contentava está indo embora.
Estou eu menos antes. Estou eu mais. Mais o quê? Mais mulher? Vou me poupar de meus pessoais desta vez. Talvez mais erudita de tanto ler rostos e peles.
Cristais de céu me penetram o corpo e confundo prazer com dor.
Me confundo comigo mesma e com restos de pessoas que insistem em não ir embora. Não estou fazendo uma limpeza, estou me fazendo. Refazendo. Estou mais marcante e quase sutil.
O que sou depois de você? Onde estou antes de mim?
Eu me propus a fazer e quase fiz, me propus a estar e quase fui, me propus a ser e estou. Estou o quê?Desejada.
Me movo a desejos, os mais primitivos e complexos possíveis.
A pior tragédia humana foi associar o nascimento humano do ser ao erro. Erro segundo crenças bem quistas por alguns ate hoje (por razão quase não lembrada), eles lucram com isso, com a ideia do profano e você, financia. O seu desejo é o meu desejo com minha tonalidade e característica. Não o simples desejo de carne, mas sim DA carne, para carne, com carne e o que se encontra nela; não ela em si, mas sim em mim. Desejos são educáveis mas não portáteis, você pode se negar dependendo da maneira como os trata. O conhecimento e discernimento (o temor de muitos) não é uma dádiva divina e sim uma característica humana bem trabalhada. Aprimore-se.
"O medo", prazer. Medo de que? De querer? De querer desejar ou da fútil não aceitação? Nesse caso, consciência é a parte mais superficial do nada.Não se negue nem submeta-se, a rosa é signo do desejo. A temeridade da ignorância é a aversão da razão.

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