sábado, 28 de fevereiro de 2009
Cacos
Como que em incontáveis pedaços de espelho quebrado, me vejo contada em diversas versões de mentiras.
Há duas e apenas duas coisas em que não se deve acreditar: palhaços e espelhos. Palhaços sempre falam a verdade e espelhos mostram a sua versão da verdade, e a impessoalidade conveniente é algo que prezo muito.
O som de algo novo sempre me assuta e quase tento escondê-lo, olhos curiosos e sutis não são lenda; isso dá quase um teor ilícito aos meus atos. Ainda bem que não são lenda.
Há flores por todos os lados, e quando se dá conta que estão lá, felicitam-se a tal ponto com sua percepção que se fazem onipresentes. Estão por todos os lados.
Sinto a necessidade alheia da narração e são sempre pra mim. Confidenciam-se, abrem-se, desabrocham-se (eu disse, por todos os lados); não só a necessidade da narração pois ela sempre vem acompanhada ora do eufemismo ora do épico. Por onde anda se escondendo o realismo imparcial? A fidelidade aos fatos anda um tanto utópico.
Pedras enterradas guardam segredos, e ouço o burburinho que fazem quando pés despejam estórias sobre elas. São silenciosas, discretas e concretas, ao contrário do que sabem.
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Te achei por acaso, se é que o acaso existe, não?
ResponderExcluirGostei muito do que li e vi por aqui.
Voltarei para deter-me mais, com mais calma.
Abraços.
PS: Me visite também nos labirintos de minh'alma, será um prazer recebê-la.
http://labirintosdaalma.blogspot.com