sábado, 28 de fevereiro de 2009

Com.centra.ção


Não posso me desconcentrar. Não agora. Mas não consigo...não quero.
O meu caderno faz falta.
Não sei o que fazer no sábado.
Estou num quase desespero e numa quase infelicidade.
Consumi-me demais essa madrugada.



......."A taxa de crescimento é de -300% nessa PG"........



Engraçado! Ela parece estar falando de minha situação atual...

Odeio me deixar dependente de um livro. Meus sábados fazem tanta falta...
 
Eu quero tanto chorar, mas causaria estranhamentos na sala de aula por ficar descontrolada sem motivo aparente. Quero chorar pois está tudo tão acumulado e faz tanto tempo que não choro por necessidade. Estou seca pelos motivos que me deixam cheia de lágrimas. Lágrimas que se recusam a cair por orgulho e fraqueza em demasia. Eu queria ser forte para perceber que é uma coisa passageira, mas sou fraca e tenho quase certeza que minha situação atual é permanente dada as circunstâncias.
 Ah! Como estou infeliz por esperar algo que sei que não vai acontecer. Como odeio me entregar a fantasia ao mesmo tempo fascinada e dolorida pela constante consciência de que ela é irreal. Onírica. Não sei mais o que escrever e no entanto sinto uma necessidade absurda de o fazer. Ah! Como eu preciso. Não quero que ninguém venha me perturbar nessa mini depressão momentânea particular, embora eu tente torná-la publica para ver se se ameniza.
A minha droga proibida é a minha imaginação induzida. Ela me extasia sob seu efeito e quando passa faz com que meu coração palpite (literalmente)e com que minha mente se desespere em busca de mais.

Peço ajuda?

O tenho ao meu alcance. Não necessariamente uma ajuda, apenas um desabafo descontrolado que ele tentaria entender sem sucesso e que não sei qual seria a minha reação após isso: melhor ou pior, mas a dele me parecia previsível. Desisto da ideia, entro em pânico de dividir essa coisa tão absurda e infantil com outra pessoa. Ele veio...disse a ele que sua reação fora como eu esperava, mas eu sabia que não tinha sido. Eu não o chamei, mas acho que gritei tão alto que ele veio. Não sei se isso foi bom. Minhas orelhas ardiam mais (começaram quando ele chegou) mas o meu coração doía mais que antes.

Eu não quero parar.
Eu não paro nunca.
Eu sabia disso?

Eu disse num sussurro que o amava.
Ele disse que sabia.

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