sábado, 28 de fevereiro de 2009

Perdição simplória



Ela não percebia de nada e recebia alguns olhares por isso. Se fazia simplória quando convinha.
A falsa falsificava olhares e ficava falsamente satisfeita.
Mente tanto, tanto quanto. Quando pode, morde agora na hora em breve ,o acaso casava vagabundagem com fogo.
Possivelmente o limite, no limiar da vulgaridade no limitar da boca ardente ela queria e desejava em cego.
A fada da perdição estava perdida em passos sem direção direcionada ou estipulada.
Em costela, encostada nela fazia pulsar o vento, vento pulsante e costela flutuante. Eu bem que via o bem-te-vi sonhando com peito amarelo. Ela brincava de canção de condão para insuportar o suportável; se divertia com vidro molhado.
A vampira sugava a beleza, a beleza da incerteza que de todas é a mais concreta e contrariada.
A fraca franqueza era secamente molhada ao descaso pois ao acaso já bastava o sarcasmo, já bastava a morte.
O roxo com azul até que combinava com o negro da sua alma. Alma nova. Lua nova. Alma cheia em crescente. Ah... aquela inconsequente desconsolada falava de repolhos e reis roxos. Repolhos roxos, não reis. Reis eram azuis; tinham alma negra, alma nova, os repolhos, não os reis. Os reis não têm alma.
Os brancos sentados no trem tentavam malandragens danadas. Davam a quem não tinha demais pra dar... tão brincantes e os augustos tão sérios...alguém me disse que deveria ser versa-vice...mas está, seria vice-versa? E se o versa virasse o vice fosse primeiro, ainda estaria ao contrário? Alguém me disse que não...
Ah, a fada da perdição...

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