terça-feira, 11 de maio de 2010

A sonho arranha céu

     Eu sonho com as suas mãos


     e num vento fraco e morno, num soturno grau,
um contorno.
              eu olho
              eu sonho
              eu velo


       a céu suponho.


-um véu eu ponho.


     Continuando a sorturno grau
- o contorno
     que me remete a estado de vazão
     de evaziva estação
     vazias estão
     as mãos com as quais sonho.


     Um barulho surdo
     eu me enconlho a frio
     um olho sutil
     me mira de cima
     brilha de rima
     astro civil.


                   a estrutura sem pauta me larga e ma.mata, me compreende e desata sem se importar  com a
                   minha frouxidão de ponto sem nó



       - da anti-poesia tão só.


     Me vazo por bocas alheias
     ando a pé por uma cidade que se constroi acima de sonhos abertos
     que quase encostam nos astros despertos.


     Estrutura vagabunda 
     inexperiente inconsistente
     de um gesto só
     cuspir na minha cara
     Óh, cara poesia
     minha salvação tardia.