A garota indolente, a garota odiada, a garota inconveniente, a garota insolente.
A garota odiada por ser insistente.
A garota odiada por ser indolente.
A garota odiada por ser inconveniente.
A garota odiada por ser garota.
A garota odiada por ser indecente.
A garota encantadora odiada por ser garota.
A garota odiada por ser má.
A ingrata odiada.
A que escreve por vício, mania ou necessidade, achando que alguém se importa, que alguém se interessa sem ter interesse.
Como se alguém se envolvesse.
Com a encantadora que escreve.
Com a mentirosa que serve
na bandeja pess(ç)o(nh)as estranhas.
Que por instinto, escreve cartas mentais de suicídio.
Que por amar, comete diariamente um homicídio.
Pessoas como ela não merecem esse tipo de amor.
Pessoas como ela esquecem o que aprenderam com a dor.
Agora ele se sente quase mal.
Quase porque ainda está por cima.
Acima de qualquer movimento que a paralise.
Acima de qualquer história que a estatize.
e ela ainda acha que está por cima.
A garota que não sabe amar.
Agora o corredor está vazio, as luzes estão acesas e os seus pés estão na mesa.
Quase assutador.
Quase porque ainda está acima.
Acima do chão e de qualquer movimento que a deslize.
Nada de areia movediça.
Nada de domingo e missa.
Seis pecados e a cobiça.
Ela sedesculpava, se desmedia e declarava.
Sua consciência a culpava de ter sido ela mesma. Nunca somos nós mesmos.
Fingimos ser melhores.
Ela se lixava, se comedia e se guardava.
Pois a sua vontade estava acima disso. Era algo mais profundo do que se repudiar por ser você mesmo.
Era saber exatamente o que queria e fazer com que terceiros excutassem o oposto por mero capricho.
Ela não executava, ela esperava o andamento de seus pecados.
Apenas financiava gatos e sapatos com sonhos baratos.
Ela precisava sobreviver e não fazia fotossíntese.
Monstro III
ResponderExcluirMe permito nesse primeiro comentário, imaginar, sem conhecer, sem refletir quais os 2 outros monstros a subjulgaram anteriormente...
Será o vicio da escrita? Ou o vicio de ser percebida na ânsia de se conher e refletir na escrita o que flutua numa mente vagante de um espaço infinito e desconhecido que permeia a linga feroz que ataca a si mesmo, flaglando-se, num desespero de sentir a dor de ser, a dor de viver.. a dor.. de amar?
Ah. já disse.. muito bom??
Vou continuar lendo
Este comentário foi removido pelo autor.
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