Um acidente geográfico
de um tamanho relativo.
De consciência catatônica
meio albinônica.
Um acidente geográfico
de um tamanho quase válido
com um sorriso quase pálido
e uma vontade absurda
de gritar até ficar surda.
Um acidente geográfico.
Um trambolho não específico
que quase atrapalha a visão
do que as coisas realmente são.
Um trambolho geográfico
que te erra a percepção.
Um acidente geográfico
que pisa em girassóis
que não tem o mundo aos seus pés
e nem do outro lado revés.
Um acidente geográfico
que não era pra estar ali.
Eu não era pra estar aqui.
E minha mente quase falha.
Fali.
Um acidente geográfico
mesmo com minha mente sã
e uma poesia vã.
É assim que me sinto.
Numa meia vontade
no meio da tarde,
enquanto ela percorre o labirinto
dos grossos fios da minha saia de lã.
Eu apenas minto
que não quero estar querendo
(Perséfone)
comendo romã.
Que bom que encontrei seu blog. Adorei suas poesias!
ResponderExcluirEsse seu "Acidente Geográfico" pode ser lido de muitas maneiras e essa diversidade de sentidos é muito interessante e me faz pensar em inúmeras possibilidades. Acho que esse é o barato maior.
Abraço.