sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Fundo do baú

  Numa vontade desumana de ser mais velha, mais velho...
  Ando sem gênero.
  Uma vontade alheia.
  Ela me consome tanto que não sou quando tenho ela, sou ela.

                                  ***

  Controle seus impulsos!
  Alguém me disse uma vez.
  É...acho que preciso controlar meus impulsos.
  De comer que nem uma porca, de escrever até o sol quando ainda nem durmo, quando ainda acordo cedo.
  Controle seus impulsos!
  SIM!
  NÃO!
  Admito agora que sou primitiva e impulsiva quado isso se trata de uma lenta auto-destruição complusiva.
  Controle-os!

                                    ***

  Manias.
  Não, não há nenhuma normal.
  Vamos lá...tente se lembrar da pior...
  ...deixa eu ver...
  Ah!
  Essa tenho certeza é inédita!
  Toda vez que me vejo em uma situação aparentemente sem saída faço instantânea  e mentalmente uma carta de suicídio. Faço muito esforço pra não parecer piegas.
  Mas a faço apenas mentalmente, pois se escrever de fato, aí só falta cometer o ato.
  Quente demais pra mim.
  Se vier uma vontade muito forte de o cometer penso: ainda não tenho uma carta.

                                    ***

  Quando estou no âmago de uma situação, aquela cor se funde em mim com a mais marcante tonalidade possível, mas é incrível o poder que o tempo tem de banalizar as coisas.
  Depois que a cor passa, a vejo desbotada e com falhas inúmeras.
  O mesmo acontece com amores de domingo à tarde.

                                    ***

  Olho para aquele resquício.
  Pálido.
  Fraco.
  Ausente.
  Raios de sol.
  Tarde demais pra ficar cega.

                                    ***

  Reconheço desconhecidos mas não olho para os lados.
  Distraída.

                                    ***

  A lei e salsichas: me dão nojo.

                                    ***

  O começo é meio estranho.
  Não sou boa com eles.
  Minha mente ultimamente anda me negando escrita.
  Minha mente grita, minha mão para.
  Ando meio calada, corro ouvindo demais.
  Nem percebo.
  Narrações alheias, meu silêncio passa despercebido por mim.

                                    ***

  Conto estrelas.
  Ah! Mas que ignorância a minha! Deixei escapar uma.
  Mas não sei contar depois de...de...
  1, 2, 3, 4...

                                    ***

  A garota inexperiente que se fez experiência para experimentar.
  E a ré se declara:
                                    BURRA!
  Não sou pior, apenas não sutil.

                                    ***

  Sou platéia passiva de minha atividade.

                                    ***


 

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