sábado, 20 de março de 2010
Do que já aprimoramos.
Das suas mãos mágicas que não são videntes.
Me semeiam sorrisos bobos e uma cara tarada que não consigo esconder.
Me intermeiam promessas loucas e tara lavada que não consigo remover.
as beijo de olhos fechados,
as suas digitais palatáveis e o seu tato volátil.
Tátil.
Dos seus olhos tão limpos e sem fumaça
dos seus olhares esquivos e de pirraça
dos seus gostos esquizo(e)frêmito de carcaça.
dos esquisitos sem raça
sem quisitos
sem graça.
Dois copos e uma taça.
Dois corpos e uma traça.
uma promessa
e outra ameaça.
Mas é que seus olhos...
tatilmente diferentes. Estavam mais claros.
Em outros tempos raros.
Encontrá-los assim.
Chocolate fundido
amor confundido
entre malte e cafeína
canela e mescalina
ou só fusão
de dois termos sem reação.
A gente percorrendo
um amor destroço.
Escorrendo a sal grosso
sem decoro algum.
No rosto um esboço
já no corpo nenhum.
Eu com janelas semi-serradas
ainda deixava minha alma escorrer.
Eu toda cálida
minha mente já inválida
ainda tentando dizer
que
baby, você é como terra quente na boca de afogado.
Sua boca me tateando
suas mãos me comendo
seus nãos me oferecendo
mundo de tentações
céu de alucinações.
Minhas pernas já bambas
num mambo em outro mundo
outro mambo.
Então baby,
olha pra mim e diz.
Que eu sou sua menina
pura e cretina
objeto do seu altruísmo
a distração do seu egoísmo
sim, cretinismo.
Sincretismo.
Eu encosto no seu peito
me encaixo e deito
e sussurro o seu nome bem baixo.
Me mostra o que pensa
devora a minha crença
e só me faz acredirar no que não acho.
Agora eu tento
sem usar os sentidos
dizer que isso é exato
te beijar sem contato
só pra te provar que acima e abaixo e de todos os lados da superfície
só pra te provocar em cima e embaixo e de modos calados da mesmice
que meus sentidos e meus números não são movidos apenas por Éros.
o amor que devora, este sim me enamora
me acalenta e controla.
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Da um prazer ler o q vc escreve..
ResponderExcluirsim já aprimoramos.
te amo