Eu não parei. Parei. Agora. Não sei por onde começar e não sei se isso tem exatamente um começo. Não gosto de começos e não sou boa com eles, por isso começo pelo meio, estou no meio.
Até chegar para dar continuidade ao meio, me equilibro entre era e meio-fio. Foi. Um fio. Tênue.
Dessa vez o telefone não tocou, o que houve foi uma voz por debaixo do portão perguntando se não haveria toque. Retórico.
Ele me tocou primeiro, eu toquei tudo, depois. Eu não estava com pressa, só digo por mim.
Não houve brinde inicial, o café foi direto. Quente e doce, o meu. Quente e amargo, o dele. O açúcar na mesa. Derramado, na mesa. Aquela era eu: em pétalas, em caule, em espinhos, em miolo. Miolo ele. No meio. No meu miolo ele. Ele ele.
Almofadas, alguns bravejos charmosos e brincadeiras à parte. Prólogo.
Almofadas fizeram o (col)chão. Deitada em campo de flores como o prometido. Tido. Tinha. Não mais. Era. É.
Nos recusamos a dizer palavra. Não exitamos em fazer palavra.
Então era isso? Não, não era. Era é final, sou meio. Nós somos. Na verdade era só eu ou só ele. Me confundi. Estávamos confusos e infusos. Era só eu ou só ele. Eu era ele. Ele era em mim. Eu era eu quando era nele. Nesse meio mais nada fazia lógica, tudo formigava. Órbitas sem eixo. Eu me deixo e ele pega, então eu pegava. E fica assim, inacabado e aberto, pois sou incapaz de colocar ponto final onde não há nem virgula
Algumas coisas nunca mudam...azar eu ainda ter a maldição ter uma ótima memoria não é?
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