Tem sangue escorrendo entre as minhas pernas e isso me incomoda.
Medo aterrador de ficar louca.
Minha vulgaridade me trai.
Cara de boa moça.
Palavras bonitas na hora certa e as sujas quando me distraio.
Quantas vezes você já sentiu que tudo vai dar errado?
Quantas vezes você não quis ser amado?
Quantas vezes você não quis ser amado?
Apenas desejado.
O amor me depura e eu o deturpo.
Um pássaro negro come meu fígado porque eu trago luz à minha razão.
A chuva na janela fechada.
Minhas falsas mãos tão vis tocam meu rosto.
É horrível me sentir.
Me pegar e ver que sou real.
Morder meus lábios, deixá-los em carne viva e senti-los latejar.
Hoje não arco comigo.
Vontade de futuro só para que o medo se concretize mais rápido.
Eu quero o meu silêncio absoluto.
E que meu peito pare de doer.
E que meu peito pare de doer.