Eu sonho com as suas mãos
e num vento fraco e morno, num soturno grau,
um contorno.
eu olho
eu sonho
eu velo
a céu suponho.
-um véu eu ponho.
Continuando a sorturno grau
- o contorno
que me remete a estado de vazão
de evaziva estação
vazias estão
as mãos com as quais sonho.
Um barulho surdo
eu me enconlho a frio
um olho sutil
me mira de cima
brilha de rima
astro civil.
a estrutura sem pauta me larga e ma.mata, me compreende e desata sem se importar com a
minha frouxidão de ponto sem nó
- da anti-poesia tão só.
Me vazo por bocas alheias
ando a pé por uma cidade que se constroi acima de sonhos abertos
que quase encostam nos astros despertos.
Estrutura vagabunda
inexperiente inconsistente
de um gesto só
cuspir na minha cara
Óh, cara poesia
minha salvação tardia.